A África do Sul foi uma região dominada por
colonizadores de origem inglesa e holandesa que, após a Guerra dos Boeres
(1902) passaram a definir a política de segregação racial como uma das fórmulas
para manterem o domínio sobre a população nativa. Esse regime de segregação
racial - conhecido como apartheid - começou a ficar definido com a decretação
do Ato de Terras Nativas e as Leis do Passe.
"O Ato de Terras Nativas" forçou o negro a viver em reservas especiais, criando uma gritante desigualdade na divisão de terras do país, já que esse grupo formado por 23 milhões de pessoas ocuparia 13% do território, enquanto os outros 87% das terras seriam ocupados pelos 4,5 milhões de brancos. A lei proibia que negros comprassem terras fora da área delimitada, impossibilitando-a de ascender economicamente ao mesmo tempo em que garantia mão de obra barata para os latifundiários brancos.
"O Ato de Terras Nativas" forçou o negro a viver em reservas especiais, criando uma gritante desigualdade na divisão de terras do país, já que esse grupo formado por 23 milhões de pessoas ocuparia 13% do território, enquanto os outros 87% das terras seriam ocupados pelos 4,5 milhões de brancos. A lei proibia que negros comprassem terras fora da área delimitada, impossibilitando-a de ascender economicamente ao mesmo tempo em que garantia mão de obra barata para os latifundiários brancos.
Nas cidades eram permitidos negros que
executassem trabalhos essenciais, mas que viviam em áreas isoladas (guetos).
As
"Leis do Passe" obrigava os negros a apresentarem o passaporte para
poderem se locomover dentro do território, para obter emprego.
A
partir de 1948, quando os Afrikaaners (brancos de origem holandesa) através do
Partido Nacional assumiram o controle hegemônico da política do país, a
segregação consolidou-se com a catalogação racial de toda criança recém-nascida,
com a Lei de Repressão ao Comunismo e com a formação dos Bantustões em 1951,
que eram uma forma de dividir os negros em comunidades independentes, ao mesmo
tempo em que se estimulava a divisão tribal, enfraquecia-se a possibilidade de
guerras contra o domínio da elite branca.
Revoltas:
Em 1960 cerca de 10.000 negros queimaram seus
passaportes no gueto de Sharpeville e foram violentamente reprimidos.
Greves e manifestações eclodiram em todo o
país, combatidas pela com o exército nas ruas.
Ruptura com a Comunidade Britânica (1961)
Fundada a Lança da Nação, braço armado do CNA
Em 1963 Nelson Rolihlahla Mandela foi preso e condenado a
prisão perpétua.
Durante a década de 70 a radicalização
aumentou, tanto com os atos de sabotagem por parte da guerrilha, como por parte
de governo, utilizando-se de intensa repressão.
Na década de 80 o apoio interno e externo à luta
contra a Apartheid se intensificou, destacando-se a figura de Winnie Mandela e
do bispo Desmond Tutu.
A ONU, apesar de condenar o regime
sul-africano, não interveio de forma efetiva, nesse sentido o boicote realizado
por grandes empresas deveu-se à propaganda contrária que o comércio com a
África do Sul representava.
A partir de 1989, após a ascensão de Frederick
de Klerk ao poder, a elite branca começa as negociações que determinariam a
legalização do CNA e de todos os grupos contrários à Apartheid e a libertação
de Mandela
Hoje Desmond Mpilo Tutu (Klerksdorp, 7 de outubro de 1931) é um arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid em seu país natal. Desmond é
o primeiro negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade
do Cabo, sendo também o Primaz da Igreja
Anglicana da África Austral entre 1986 e 1996 e Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais
importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação
sul-africana.
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