sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sinopses

Gostou do nosso blog? Ficou interessado na vida dos africanos? Então, aqui vão algumas sinopses de livros que envolvem a história dos afro-brasileiros. Não só na escravidão, mas também na introdução de cultura no nosso país.

1º) O Brasil que veio da África
A saga de um rei africano e seu antigo escravo, agora na condição de cativos no Brasil. Romance juvenil com referências históricas, tem como tema principal o protagonismo negro na luta e conquista da liberdade, em ambientes que vão de senzalas a quilombos, de vilas a fazendas.

Histórias de amor, solidariedade, amizade, ambição se misturam em uma trama na qual  as heranças culturais africanas são mostradas em seu nascedouro. - Arlene Holanda

2º) Os sons dos negros no Brasil

Muito se fala sobre a influência dos povos africanos na formação da cultura brasileira, mas pouco se sabe sobre as origens desse processo. José Ramos Tinhorão vem preencher a lacuna neste livro que reúne os primeiros registros de manifestações musicais dos negros no Brasil, praticamente ignorados pela historiografia mais tradicional.

Recorrendo as mais diversas fontes de pesquisa, como cartas de missionários jesuítas, pinturas de Frans Post, poemas de Gregório de Matos e relatos de viajantes, dentre outros documentos raros, o autor resgata momentos-chave que sintetizam a gênese de uma cultura especificamente brasileira - nem africana, nem européia, nem indígena,

Nela, os rituais religiosos trazidos da África pelos escravos, mesmo proscritos, vão gradualmente se transformando em ritmos, coreografias e cantos autônomos, inicialmente cultivados pela população mesquiça e, num segundo momento, dentro dos teatros e das casas dos brancos, já sob a forma de canções ou danças como a fofa, o lundu e o fado. 

Abordando também os autos de coroação dos reis do Congo, que darão origem ao maracatu pernambucano e ao afoxé baiano, e os cantos de trabalho dos escravos no campo e nas cidades. "Os sons dos negros no Brasil" ilumina uma série de fatos culturais que estão na base daquilo que se denominaria música popular brasileira. - José Ramos Tinhorão

3º) África e Brasil Africano


África e Brasil Africano traz ao leitor um amplo panorama do continente africano, mostrando a variedade de sociedades locais, sua história e cultura antes e depois da escravidão. Destaca também a trajetória do negro no Brasil e sua contribuição para a sociedade brasileira contemporânea, levando-nos à descoberta do que existe de africano em nosso país. Neste livro, Marina de Mello e Souza retrata a mestiçagem decorrente da importação de quase 5 milhões de escravos ao longo de mais trezentos anos e mostra as marcas de um legado artístico e cultural que ainda hoje influencia a sociedade da qual fazemos parte. 

 Um rico trabalho iconográfico complementa a abordagem do tema, aqui tratado de modo original e singular, resultando num livro de agradável leitura. - Marina de Mello e Souza

4º)  A Manilha e o Libambo

 
  A história da escravidão no Brasil começa na África - e é inseparável da história africana. Foi desta perspectiva que se escreveu este livro ambicioso e singular, no qual o muralista, atento à amplidão da paisagem, não esqueceu a pequenina concha sobre a areia.

  Pela riqueza de informações, cada qual de seus capítulos poderia ser desenvolvido num volume, se Alberto da Costa e Silva não tivesse aspirado a entregar ao leitor comum, sem lhe subtrair amplidão e movimento, uma síntese do que se passou nas várias Áfricas - na que se volta, pelo Saara, para o Mediterrâneo,  na que flui para o Atlântico, na que se inclina para o Índico e na que se divide entre os três mares ou a todos ignora -, durante os primeiros duzentos anos da expansão oceânica européia.

  Como o escravo é a personagem onipresente, o livro principia um relato rápido sobre o negro como trabalhador forçado no Egito faraônico, Grécia, Império Romano, Índia, China e Europa medieval, sobre os vários tipos de escravidão prevalecentes na África e a forte expansão que experimentou o cativeiro de africanos nas terras regidas pelo Islame, antes de centrar a atenção do leitor no tráfico promovido pelos cristãos para as Américas e no impacto que esse tráfico teve sobre as diferentes sociedades africanas.

  Em suas páginas, conta-se como em cada parte da África se trabalhava a terra, se cuidava dos rebanhos, se fundia o ferro, se fiava, se tecia e se comerciava, se adoravam os deuses, se organizavam os governos, se acolhiam os estrangeiros, se armavam os exércitos e se usavam os escravos. Sob esse aspecto, a Manilha e o Libambo continua a enxada e a lança e, tal qual sucedeu a este último, do mesmo autor e também publicado pela Editora Nova Fronteira, já surge como um livro de leitura obrigatória e destinado a tornar-se um clássico.


 

Um comentário:

  1. Adorei, amanhã mesmo irei na biblioteca alugar um desses livros! Sou negra e me interesso muito pela cultura africana, esse blog me ajudou muito a conhecer mais sobre minha própria história.

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